quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

O Hidalgo na Casa de Fidalgo




Mas que raio! Que me encontra nesta casa. Para pedirdes a Gertrudes a sua mão.
Mas vem eu, cá e nós, como poderei pedir ela em casamento?
Porque ela é irmão do carcará e boca de farol de porto, o Hidalgo.
Pois se pego na mão e sinto a quentura ele está na cozinha a me vigiar.
Se olhos nos seios de fartura dela, ele está olhar os meus olhos.
Pensei numa solução onde posso me atracar minha pomposa, mas parece que o moribundo Hidalgo sabe a cais em que estou a pensar.
Disse a minha mente: “estais com medo”? “estais com a covardia”?
E hoje vou para conquistar como Cabral e Vasco às terras de Vera Cruz.
Pedi a sua mão em casamento, ela aceitou e chamou o padre.
Casamos-nos, se deliciamos, bebíamos e vomitemos nos balaústres da minha casa.
Mas a noite da tardezinha uma mensagem a Gertrudes, seu irmão perdera tudo no jogo com os boêmios poetas.
O Hidalgo a morar na minha casa, que partidura que amargura.
Pois num dia de verão com todos os requintes da vida deu, a minha pomposa, vi com estes olhos amedrontados e confusos que Hidalgo o desgracento, estava deitado com ela e brincavam de pula pula do sexo.
Mas ele não era o irmão dela?
Não, não, não,  era um casal de safados de luxúria e nobreza.
Que nos papéis eu passei a ser do clube da plebéia.
Só me restaram as bebidas, na qual me garanto e tenho ciência firme até a senhora morte venha me buscar. Não conte isto a ninguém dos Fidalgos.

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