quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O Profeta



O escondido...aquele que cheira o som e ouve a cor.
O que sente a luz com o seu ouvido
O sensitivo o visionário

O buscador adido
Ele anda a falar com dor
Iluminado que sente avido
Puro e bilionário.



DECIDAS - ME



Em ponto falhei, a minha vida errante
Descobrisse que a sua vida você transforma
Merecidamente  em pontos conjuntivos
A certeza do seu “eu” que cresce e abona

Vive sempre pensando em ti, confiante
Um sonho louco teve, e ainda transforma e informa
Detalhadamente que rezo em lados apartativos
A certeza do compasso e esquadro que vem à tona

Etros Cavini



De petrus, lapsit, a pedra sagrada
De versos loucos e incoerentes
De brilho alongado e oblíquo certeiro
De gesto sentido arrebatado

A fragrância aquosa e malograda
A gritaria calma de versos suaves e parentes
A sombra curta, cola de sapateiro
A cena fria do empatado.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

XIQUINHA


Oi, como que vai?
Tu  bem
Menina avexada
Tu que qué o que , o moço?
Só te queria falá, podê?
Num podê não, conheço tu não.
Vamu lá tomá sorvete?
É sorvete de chocolate?
Sorvete de namoro!
Seu arretado, fio duma égua.
Vixe menina pimenta
Qui tenho qui fazê pra ter o teu amor?
Só me respeite cabra da capital
Vem então comigo pro cinema ssistí,
“Pegando na Menina”. (o filme)
Sai correndo cabra (com a foice na mão)

TRÊS LETRAS




SEI
QUE
VÓS
NÃO
SAI...

QUE
VÓS
SAI
NUA
SEI...

DUAS LETRAS



FA                       DA

DO
                        AR
ME         VÊ
                         NÚ

UMA LETRA MAROTA



A

É...

         Ó...

A LETRA


Escrever é um grande desafio assimétrico.
A composição orquestra a linha, como fio elétrico.
Escrever é uma arte, é lutar Kung-Fu  neste papel.
A letra por letra se desenrola ao dom de um rapel.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O Último Desejo do Malandro




Palavra de malandro:

“Quem nasce lá na Vila nem sequer vacila
Ao abraçar o samba que faz dançar os galhos
Do arvoredo e faz a lua nascer mais cedo.”                                   
“Não me incomodo que você me diga que a sociedade
é minha inimiga, pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo.”
"Agora vou mudar minha conduta
Eu vou pra luta, pois eu quero me aprumar
Vou tratar você com força bruta
Pra poder me reabilitar" 
No boteco:  
  “Seu garçom, faça o favor de me trazer depressa
Uma boa média que não seja requentada,
Um pão bem quente com manteiga à beça..."
Pois a hora passa e vou escrever no papel:
 “Estou vivendo com você num martírio sem igual
Vou largar você de mão, com razão,
Para me livrar do mal.” 
“Nosso amor, que eu não esqueço
E que teve o seu começo numa festa de São João,
Morre hoje sem foguete, sem retrato e sem bilhete,
Sem luar, sem violão.”
“O orvalho vem caindo
Vai molhar o meu chapéu
E também já vão sumindo
As estrelas lá no céu..."     

 (Todas as palavras do eterno Noel Rosa)

AMOR QUE DESTE


Não fui eu que bati a sua porta.
Tão pouco liguei pedindo os seus sinceros perdões.
Você é de difícil interpretação.
E fui tão rudi contigo.
Você deitada no meu colo e comendo um pedaço de torta.
Com você me sinto bem e sem nós nos meus cordões.
Sua cama não tem apelação.
Tomo o meu whiskey, ainda estou contigo.

QUIMERAS DO AMOR




Fui louco, inconseqüente e talvez abstrato de conhecer você.
Não foi culpa minha, mas o coração já não é teu.
Nem mais a minha cachorra.
E nem o chaveiro de pelúcia.
Quero te esquecer profusamente...
Quero ser aquele homem de razões e contra-censo, não quero misericórdia.
Mas quero que a bruxa faça feitiços para eu te amar e ficar preso em seus devaneios.
Mesmo eu não querendo te ver...
Mesmo eu não te amando, quero te amar...
Sonhar contigo em noites enluaradas.
Ver você sorrir com seus lábios carnudos.
Olhos da cor do mar e da cor do pecado.
Inebriantes passos de donzelas você invoca.
Brilho de roupa é o brilho da vanglória.
Amar-te  pode ser engano...
Amar-te pode ser o meu pesadelo...
Amar-te é a minha mentira que não se transforma em verdade.

HOJE O DIA MUDOU






Palavras vêm
E palavras em vão
Não sei

Muitas flores
Muitos sapatos
Muitas palavras
Que eu não sei

Hoje acordei
Mais cedo
Queria viver...
Mais um instante

Não queria este
Amor constante
A praia também não quer

A vida toda
Minha alegria
Vive numa estante

Muitas flores
Muitos sapatos
Muitas palavras
Que eu não sei

O Meu Grande Palhaço


A noite se foi...
O circo também...
Jeito triste de acabar
Com olhos de gargalhadas
Lembra das nossas palhaçadas?
Eu lembro e não esqueço as cambalhotas
Tocar em teu rosto é puro e insano
Amanhã não serei mais palhaço
Tudo acabou como um mormaço
Eu te pego e vejo o teu rosto brilhante
Mas te querer é ter a minha alma galante
Você foi com a palhaçada, mas não voltou
Não sei se cansou de mim ou palhaço em si retornaste
Mais uma vez com o sorriso grande assim...

domingo, 8 de agosto de 2010

PAARA LEE LLOS


Sua vida de lado de cor púrpura
Este lado lateral
De vida bilateral
Cadeias das almas

Do outro lado te vejo embalado pela fragrância sem cor pura.
De alma laboral
Os efeitos da rotina de estado colateral
Amarras nas palmas

O SINAL DO TRÊS



Que é puro

Notável

Inigualável

Que se torna real



Profunda realeza do escuro

Amável

Palpável

O que anda leal

O O11ZE


Aquele que é sublime
De palavras corretas e brilho
Não se  faça de inocente
Pegue o livro certo

O nove para o centro que comprime
E um da direita como filho
Da esquerda o ponto que não mente
Sem perfeição, um livro incerto

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Espadachim


Sayra,  nome de guerreira
Aquela que desafiou o rito mortal
Que luta com samurais e ninjas, lado a lado
De ensinamento fatal

Aquela que mora perto do Ferreira
Que vai à feira e de vestes comportadas de segredo mental
De espada nua e sempre nua, sempre revelado
Ela usa óculos e paquera o açougueiro, que tal?

Caíduas


De alma limpa e coração selvagem
De vingança e alquimia feita no sangue real
Noturnos que se escondem de dia sem ter alegria
Caminho da sepultura

De elegância fina e de traço oblíquo de serragem
Falando de línguas estranhas e ao lado do cardeal
A noite da  alegoria
A carta solta do baralho, uma nova cultura.



quinta-feira, 8 de julho de 2010

INCONCEITUS


De alma limpa e pura na busca dos devaneios e pensamentos
Da busca incessante e de olhar expressivo
Configura-se num tom vermelho da paixão
O brilho escarlate do coração

Ama-se o proibido para o coração que não há regulamentos
A loucura e selvagem que passa a ser um dom supremo e invasivo
Meu laço da justiça e vampira de alma, aquela que dorme em caixão.
Homens sem conduta se dobrarão diante da sua potente luz da ação.

domingo, 4 de julho de 2010

UNNIA



O meu tratado considerado
A busca encerrada
O logotipo do prazer
Aquele que se faz

O rapto oficial e moderado
A paz somente serrada
O adesivo do conhecer
Aqui você jaz

GANAKIA




Seres especiais do culto profano.
Que trazem o código.
Abraçados a sua causa envolvente.
O que me mostra?

O buscado das heresias no pano.
Formaste-me o óbito.
Laçados a eterna luz do permanente.
O que tem na ostra?

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Selado


O que sela o selado?
O guardado e arrumado
linha esticada e fina
O rito perfeito da espada

Qual carta é do homem alado?
O poder dado e do plumado
Linha refinada que refina
O profano sem espada

Crinoss



Colegiados do clube de fato
Reunião do sete
O brilho dos seis convicto
A balança do pecado

Refugiado e estupefato
A tríplice dezessete
O ofuscado invicto
A lança do recado

Bathaus



Dicionário da luz
Que se exprime em palavras
O que sente e você leve
No que olho é para mordente

Reacionário que conduz
Espremido vocabulário que me lavras
Se toca, não é seu, que se eleve
A visão da mente

Sistios


O que mostrar aqui ficará
Me mostre agora o sem dom
Veja que sinistro
Moro na rua, sem ter ninguém

Demonstrativos que abordará
Não quero ver o som
Olhos de ministro
Ruas de luxo, sempre tem alguém

Malius


Gesto eterno e dourado
Meu ego feito e refeito
Ternos de prata
O poder acariciado

Fruto paterno do ouro
Introspectivo rarefeito
Humildade a roupas de estopas que lhe é grata
Sem poder e nem viciado

Gatios


Eu vejo a luz
Olho para ela e vejo a vitória
O mundo dobrara-se para ela
Sua força está em mim

O que busca, sabe o que conduz
A visão dela para história
Joelho se dobrarão para o entendimento
A força se atribui num jasmim

Colûmbias


A autora esquecida
Lâmina da virtude
A escrita fina e perspicaz
Será sentido por nós

Hoje a tarde Aquecida
Flâmula da atitude 
Pergaminho eficaz
A luz será sentida por vós

  

Coruji


O corte dado
Sentiu que a alma fala
O gosto cortante
Amigo, o delicado amor.

O sentido revelado
Palavras da vida na mala
O amargo num instante
O inimigo grosseiro da dor

quarta-feira, 26 de maio de 2010

QUBINUS



A geometria
Alcançada
O desejo

Triângulos
Perfeitos
Engenharia do céu

A pirâmide
A esfinge
A múmia

Linhas retas
Traçados
Rituais

Alinhamento
No espaço
A conexão correta

A constelação
O kubo
O Órion


ACRÍTICUS




O ser
Critico
Que vive

Pontos
Que se
Revelam

Formas
Formato
Formatado

Massorético
Nesta linha
Fundamental

O segredo
Que revela
O estilo

Abertura
Velada
E não artística


OCTAPCILUS





Interpretações
Proxêmicas
Anêmicas

Meu ponto
Sem vista
Sulfúrico

A academia
Das ilusões
A que passei

O sufrágio
Discordante
Escalena

Reprovação
Cortante
Inconseqüente

O oito
De transformação
Para sete


BABANOUGH



Adocicados pela
Vida em
Abundância

Amargos
Morte
Desabundante 

Delicias
Em sensações
Embutidas

Delicious
Sensaciones
Abutidos

Doce
Caramelizado
Amarelado

Candy
Açucarado
Avermelhado



GAYATRI




A alta elevação
Um estado
Que se alimenta

A busca
Interior
Do eu

O homem
A mulher
Que medita

Encontra
O centro
Global

A inteligência
Que se forma
Com a evolução

A criação
O universo
Eu

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Casimimótipos



O meu olho o olho de tudo
Aparência vã da sublime escola
O legado encerrado e encarcerado
A luz que liberta e libera.


A visão sobretudo
Minha visão de cores alquímicas da Coca-Cola
A abertura, o novo incineramento.
Minha e sua luz que gera.

G6le6ptu6s



A nova raça surge ao meio contemporâneo
Ritos e rituais
A vida sempre a mudar
                                                           Fatores que não podem calar


Relíquia antiga, aparência instantânea
Iniciados  e profanos habituais
Sabedoria vasta a inundar.

Galneaca



Fantasia egocêntrica do meu lado EU.
A nova ordem de sentidos.
O pilar do conhecimento
A grande chegada.


Mostrada os planos para mim do seu
O palácio dos contigos
A coluna do profano pensamento
A queda da mãe arregada.

Inconsistations



O brilho da autora
Seus confinados
A coruja que vem..
Recado dado...

A mestre da magia a tutora
O livre-arbítrio dos finados
A noite se voa no além
Lido... jogado o dado.

ISTRANHUS





Pensar nos gritos noturnos
Olhe e olhe sem parar
Pensastes que os estilo
Pode nos moldar.

A escuridão de turnos
Não tente comparar
Já nascestes com aquilo
Não poderá mudar.

Ladus



O que pensa... a clareza?
O que faz a sobremesa?
Portas que não se abre...
O teto da sabedoria.

A clareza que se pensa na nobreza
Fiz do alimento a mesa
De pé ao teto onde está o meu sabre
Abertura da alegoria

BORBULÉTICIS



A marca mental
O grito não escutado
De estética proveniente
A Columbia dos prazeres.

Jeito sensacional
O silencio escutado
Compassos conveniente
Os nossos grandes deveres.

Exillis



Acolheu-me na aquela noite fria
Escondidos...
Sábios... seremos
Nossa fala não permitida

O fogo cobra a sua dívida, aquele que cria.
Revelados...
Néscios...não seremos
O mundo sente a nossa invertida.

A Tomada



Juntos o sacrifício de uma saga.
A noite se vingou
Pelos punhados de pedras que retornaram
O fogo no castelo.

A nossa ida não foi em vão, eu cravei na consciência uma adaga.
Batinas queimaram pela noite que se grilhou
Esculpidos pela memória se lembraram
O julgamento o grande peso do martelo.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Meu Amor, Pequeno Amor



Meu amor é tão sublime como os contos do amanhã pois no meu pensamento ficou o fragmento...

Fragmentos de um amor não correspondido, ou se era eu nunca fiquei sabendo deste tormento...

A minha covardia nos

impediu...

Como foi amargo e também destroçante a sua ida, na garganta o gosto de

funil...

Passaram-se muitos anos, mas o rosto não me esqueci; guardo na memória já velha a sobrevivência...

Na alma incandescente guardo o dom precioso de lutar e preservar este amor de consciência...

Me Surtas

Eu tenho quase

Medo do

Nada

E o nada não

Sabe

Falar

Gente boa

O choro

Da ternura

Minha loucura

Possuída

Recebida

Minha são

Oscilante

Concebida

O que isto

Traz de dor

Surtido

A Estante



Dentro e escondido

Estou

Apenas pensando

Entendo que

Suposição das pessoas

É pegar eu para ler

Estou acostumada

Moro aqui

Nesta instante consumada

A tardezinha chega

Eles vão embora

A bibliotecária também

À noite consulto

Os meus amigos de letras

Em sábias escrituras

A biblioteca abre

Sinto meu coração

A alegria de compartilhar com paixão

Clara Liz

  Clara... Dos Ventos Clara... Vidente Clara... Chama da Rosa de vida   C laridade de seus poemas, seus dons artísticos são brilho pa...