quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O que Disser






Estou livre para ir
Para onde?
Não sei
Talvez pretendo fluir
O delicado amplitidão
Da palavra
Doce e amargo redenção
Vivo para sempre, a
Minha mão que lavra
Você olha apenas...
Quero atenção.

O Meu Reinado



Ele nasceu para vingar o bem
O mal para honrar
Copos vazios, copos quebrados.
Luzes que se fecham
Som sombrio

Ele reina,
Ele reinará,
Sozinho e isolado
Ele selou a sua alma
                    Para sofrer

Toques



Porque tocas em mim?
A de ter eu um áspero
Prego afincado na orelha?
Quer mesmo que minha alma se
Rasgue na sua centelha?
Pergunta com sim
Resposta com não
Que besteira
Rasgue este papel
Antes que você
Jogue fora o meu anel

O Herói de Tudo



Você é o meu amor
Você já foi a minha dor
O laço que se quebra
Vidro espatifado
Som e luz que ensurdece...
Sou o herói de tudo
Eu criei tudo
Para meu conforto
E para você o meu pesadelo
Para ter o seu amor
Eu procurei ser justo
A audiência...
A minha porta...
A minha doce psicose...
O herói de tudo
Que desenha o futuro.

Ritos Palavrianos




A letra que letrastes
Encontra-se mais apurado
Que rito é esse que vem como curado?
A caneta é como um arado
Não descansa...

Mostra que a prima vã do absoluto
É feito com as requintes de quem alcança.
Letras e o meu luto na relutância
De escrever, as últimas palavras, que é renascer.
Pelo menos deu tempo de escrever

O Rapto da Muleka



Ela chegou cedo com ar de senhora
O proibido ela tem
O adocicado também
Nisto o meu coração está em penhora
Doce, suave e de lábios iluminado
O prisma do colapso laboral
Angústia de som lateral
Tento olhar para ver a sua volta,
Antes do retorno
Eu acreditei que a possível vingança
Era  correta com o meu olho de adorno
Muleka...
Muleka...
Muleka...
Nunca mais eu te vi
Só essa escrita ficou na parede
E nas suas cartas que li
Minha mente está cercada por uma rede
O amor que se cravou
O mesmo que se calou
Que belo crime armou
Linda de consciência
Tatuada com muita paciência
Termina...
O que determina...

Termina...

Clara Liz

  Clara... Dos Ventos Clara... Vidente Clara... Chama da Rosa de vida   C laridade de seus poemas, seus dons artísticos são brilho pa...