quarta-feira, 18 de junho de 2014

Tom Poético



Eu criei algo bacana
Uma poesia só de sacana
As ideias caem pelo ralo
Como no telhado que sobe o galo.
 Palavras inertes
Ao dom da minha profecia
Buscante
O papel rima no tom
Poético, a qual o sentido é
Ofuscante.
Tenho dito e buscado
Entre laços esvoaçantes
Ou púrpura de rito real
Meu compromisso
Minha sina
É buscar
O que é inexistente
É sondar a alma
E comer pescado.
Reluzente fortuna
Olhos cobiçados
A margem da poesia
Não há erros e nem
Escola para ensinar
Não se cria poesia
Elas simplesmente
Nascem por sua vontade
Num tempo inóspito
Numa era que seja dela ou não
Nem futuro e nem passado
Cada poeta
Tem a sua assinatura
Por encomenda
A poesia é validável
Não é falsa
E nem verdadeira
Ela é de um tempo íntimo
De nossas almas, qual somente os de luzes
Podem interpretá-las
E soma-las
A sua vã  buscável saber.


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