Eu criei algo bacana
Uma poesia só de
sacana
As ideias caem pelo
ralo
Como no telhado que
sobe o galo.
Palavras inertes
Ao dom da minha
profecia
Buscante
O papel rima no tom
Poético, a qual o
sentido é
Ofuscante.
Tenho dito e buscado
Entre laços esvoaçantes
Ou púrpura de rito
real
Meu compromisso
Minha sina
É buscar
O que é inexistente
É sondar a alma
E comer pescado.
Reluzente fortuna
Olhos cobiçados
A margem da poesia
Não há erros e nem
Escola para ensinar
Não se cria poesia
Elas simplesmente
Nascem por sua
vontade
Num tempo inóspito
Numa era que seja
dela ou não
Nem futuro e nem
passado
Cada poeta
Tem a sua assinatura
Por encomenda
A poesia é validável
Não é falsa
E nem verdadeira
Ela é de um tempo
íntimo
De nossas almas, qual
somente os de luzes
Podem interpretá-las
E soma-las
A sua vã buscável saber.
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