
A claridade do meio dia do inverno nevoeiro.
Multidões nas estações, que caminham friamente pela cidade e não me notam eu de sombreiro.
Arranhas céus e camelôs de um calçadão fugaz.
Homem de projeto e conceito audaz.
Cidade de pedra, de grande imensidade.
Cidade estética e energética de tempestade.
Os invernos e verões da Paulicéia de inspirante manobra.
Mas os corações paulistanos são de desdobra.
Ela é uma cidade confusa...
Ela é de idade a minha musa...
Meu mestre Mário de Andrade que tatuou São Paulo com sua Paulicéia Desvairada, revela com sua amargura, razão e ouro.
“ Deus recortou a alma de Paulicea num cor de cinza sem odor...
Oh! Para além vivem as primaveras eternas!...
Mas os homens passam sonambulando ...
E rodando num bando nefário, vestidas de electricidade e gazolina”.
Ela é a cidade de figuras, solidão e tesouro.
CARLOS VANILLA
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