
Eu passei em muitas estradas junto com a minha fome.
Paralelas, com nome e sem nome.
Andei pelas estradas descalços no asfalto frio, pela estrada de terra quente com a minha sacola de latas na mão.
A minha cruz se tornava a estrada da vida naquele sol.
Mas meu suor diagonal caía nesta estrada de esperança, onde eu encontrei um mamão.
Minhas caminhadas a cidade de bom coração, mas nem tão sempre recebido bem, expulso eu voltava para a estrada de farol.
Para o trecho o meu destino, as estradas, sem água, sem comida, sem dor e sem lar.
Mas foi na estrada que encontrei o meu paraíso
Meu paraíso de chapéu branco, que dá estrada me roubou e levou para sua prole, não me deixando mais chorar.
Eu me senti como um rei que encontra a sua rainha, descalço eu não estou, sapato de verniz eu tenho como um grande sorriso.
Estava completo para mim até a música dos anos 70 ela tocava para mim, é achei o meu amor, parecia que eu estava sonhando.
Mas as estradas cobravam o seu amor na minha mente que estava apanhando.
De madrugadinha, eu levantei, nem o sol havia saído, arrumei a minha trouxinha de roupa e deixei de lado o meu sapato de verniz perfeito.
Do reino encantado eu saí para me tornar plebeu, na estrada eu fui caminhar, pois lá está o meu verdadeiro amor, minha dor, minhas estradas, na qual não vejo nem futuro e nem promessas deste meu feito.
CARLOS VANILLA